As duas primeiras partes da Argonáutica da Cavalaria foram descobertas há apenas dezoito anos, em 2003, quando tivemos a sorte de dar com elas em Lisboa, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, dentro dos Manuscritos da Livraria, sob a cota 686. Mais tarde, descobrimos também um outro exemplar só da segunda parte no códice 208 do Fundo Manizola da Biblioteca Pública de Évora. Antes das nossas descubertas, só existiam alusões nas principais obras de referência bibliográfica, tais como a Biblioteca Lusitana, de João Franco Barreto, e na obra homónima de Diogo Barbosa Machado. Ambos falavam de uma dedicatória a D. Francisca de Aragão, um dado que não se pôde verificar devido à perda das folhas iniciais da obra. Ainda assim, tal dedicatória deve ter existido, porque Barbosa Machado recolheu com exatidão tanto o título do livro como as suas palavras iniciais, afirmando que fora dedicado a esta senhora, que era então «condessa de Vila-Nova de Ficalho».
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