José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim (Portugal) em 25 de Novembro de 1845. Estudou Leis em Coimbra. Foi advogado, director de jornal e diplomata. Da ponto de vista literário evoluiu, sob a égide de Antero de Quental, do Romantismo das Prosas Bárbaras (com elementos de cunho fastasmagórico, macabro, demoníaco...) para o Naturismo (análise e descriçao da realidade) de obras como O primo Basilio (1878). Mais tarde, a sua evoluçâo literária orienta-se no sentido da superaçao do Naturalismo, a caminho de uma literatura mais ecléctica que ilustra bem a obra Os Maias (1888), e que tem a ver, nalguns aspectos, com uma certa forma de recuperaçao do Romantismo inicial. Nessa nova orientaçao de evoluçao literária de Eça de Queirós situa-se também O Mandarim (1880) (cronologicamente anterior à sua obra-maestra Os Maias), um conto fantástico com fundo moralista, onde volta a palpitar a ânsia fantasista dos primeros escritos. Eça de Queirós faleceu em 16 de Agosto de 1900 na sua residéncia de Neuilly (França)